sábado, 18 de junho de 2011

RETORNO DO PROJETO ARTE DE CAÍSSA

Esta semana o PROJETO ARTE DE CAÍSSA voltou a atuar na Brinquedoteca brincando se aprende.

Através de histórias contadas por mim e pesquisas realizadas, os alunos aprenderam que o xadrez possivelmente originou-se na índia com o nome de “chaturanga” e após ir para a Europa, tomou um novo formato, nome e regras. Descobriram que o xadrez é a segunda modalidade de esporte mais praticada no mundo, perdendo somente para o futebol.
Os alunos conheceram o campo de batalha (tabuleiro), os dois exércitos(branco e preto), suas peças, movimentações e funções: Rei (peça mais importante e deve ser protegida por todos do seu exército, caminha de uma em uma casa para todos os lados), Rainha ( inteligente e corajosa, protege o seu rei em todas as partes do tabuleiro ), Bispo (é o mais inteligente e o mais confiável do rei, caminhando só na diagonal para proteger-lo), Cavalo (forte e potente salta três casa sempre em “L”), Torre (vigia o exército inimigo, caminha para as direções norte, sul, leste e oeste) e os Peões (são os mais corajosos, sempre avançam para frente e nunca recuam, formando a comissão de frente do exército).



MOVIMENTO: é o deslocamento de uma peça de uma casa para outra, que não esteja ocupada.
CAPTURA: é o movimento de uma peça para uma casa já ocupada pelo adversário. Neste caso, tira-se a peça adversária, colocando a própria peça em seu lugar.
A captura é opcional. Cada tipo de peça obedece a movimentos diferentes.

O REI: (branco ou preto) move-se ou captura peças em qualquer sentido, uma casa de cada vez. Os reis nunca podem ficar um ao lado do outro.
Atenção: o rei é a única peça que não pode ser capturada, ao ser atacado fica em cheque.
O PEÃO: (branco ou preto) move-se para a casa à sua frente, desde que não esteja ocupada. Ao ser movido no seu primeiro lance, cada peão pode andar uma ou duas casas. O peão é a única peça que captura de maneira diferente do seu movimento. A captura é feita sempre em diagonal, uma casa apenas. O peão nunca se move nem captura para trás.
O CAVALO: (branco ou preto) é o único que salta sobre as peças (pretas ou brancas). O movimento do cavalo assemelha-se à letra "L", formada por três casas, a partir da casa inicial do lance.Ele captura somente a peça adversária que esteja na casa final do seu salto.
O BISPO: (branco ou preto) move-se ou captura pelas diagonais, seguindo num único sentido em cada lance. Cada jogador tem dois bispos, um anda pela casas brancas e outro pela casas pretas.
A TORRE: (branca ou preta) move-se ou captura nas colunas (horizontal e vertical), seguindo num único sentido em cada lance.

A DAMA: (branca ou preta) move-se ou captura em qualquer sentido (horizontal, vertical e diagonal), quantas casas quiserem desde que seu caminho não esteja obstruído por alguma peça da mesma cor.

As peças brancas sempre começam a jogar.




A LENDA DE CAÍSSA

O jogo de xadrez é carinhosamente chamado pelos amantes desse jogo milenar de ARTE DE CAÍSSA por que conta a lenda grega:
Há milhares de anos atrás, Caíssa, uma jovem deusa estava tendo previsões de como seria o futuro. Pensando nisso, ela resolveu criar um jogo. O jogo criado parecia ser uma espécie de jogo de estratégia. Conseguia-se distinguir dando uma simples olhada que o jogo tratava de dois exércitos (Brancos e Negros) que tentavam matar uns aos outros. Cada exército era composto por 8 peões, 2 torres, 2 cavalos, 2 bispos, uma rainha e um rei.
Os peões receberam da deusa a habilidade de andar 2 casas na sua primeira caminhada, mas receberam uma maldição que os impossibilitou de matar os soldados adversários que estivessem na sua frente e deixando-os matar apenas soldados que estivem na sua diagonal.
As torres receberam a vida e a habilidade de poder fazer o roque, mas foram amaldiçoadas a só poderem andar na horizontal. O roque é quando seu rei pede defesa e anda duas casas para o lado em que a torre desejada estiver, e a mesma andar duas casas passando pelo rei e ficando ao seu lado.
Os cavalos receberam a habilidade de poder saltar por cima das muralhas inimigas ou das suas próprias muralhas, mas receberam a maldição de só poder locomover-se/atacar em L.
Os bispos foram empregados igualmente como no tempo da inquisição, mas desta vez eles não matam pessoas pela religião e sim pela cor. Devido a sua grande crueldade receberam a maldição de só poderem locomover-se/atacar na diagonal. A dama ou rainha foi feita como o espelho da deusa, sendo assim a mais poderosa de todo o jogo e a única que não recebeu nenhuma maldição. O rei foi criado para parecer iguais aos generais de guerra que logo iriam surgir. Sua inspiração aos generais é simples, pois os generais mandam soldados para a guerra sem a menor importância se eles irão retornar vivos. Uma maldição lhe foi lançada para impedir que ele se aproxime uma casa do rei adversário.
Depois de criado, a jovem deusa resolveu esconder seu jogo em algum lugar antes que seus pais o vissem e o destruíssem. Caíssa não sabia aonde seria um bom local para escondê-lo, então resolveu jogá-lo em qualquer lugar da Terra. O jogo foi lançado, e caiu na Índia. Quando os Indianos descobriram o jogo ficaram impressionados, tentaram jogá-lo de várias maneiras mas sempre havia uma discordância entre os jogadores. Certo dia resolveram fazer algumas regras que deviam ser respeitadas por qualquer um que o joga-se. Passaram-se muitos anos desde que Caíssa havia lançado o xadrez na Terra. Caíssa resolveu pegar seu jogo de volta e mostrá-lo para seus pais, mas quando soube que o jogo era muito conhecido e jogado ela resolveu proteger o jogo, deixando-o assim definitivamente na Terra.

A Brinquedoteca Brincando se aprende esperava a algum tempo que a Prefeitura Municipal da Capão da Canoa nos presenteasse com um tabuleiro de xadrez gigante. Pois nesta semana recebemos das mãos da prof. Janete o tão esperado tabuleiro, uma vez que é uma motivação a mais para a garotada.
Aí está ele:


Bom jogo galera!!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

A FAMÍLIA ALFABETO: CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

Olá amigos brincantes!!!
Quero socializar essa semana uma experiência nascida de observações do comportamento lúdico infantil.
No ano passado, durante um dos encontros lúdicos semanais de uma turminha de 2° ano, aconteceu uma descoberta muito legal. Essa turminha era composta de 5 meninas e muitos meninos. As meninas sentadas em uma das mesas brincavam, quando uma delas disse:
_ Eu sou A, tu é E, ela é I, ela O e ela é U.
Bom, então pensei em elaborar uma estória utilizando essa ideia de meninas serem vogais e meninos, consoantes. Procurei ideias na internet, e surgiu a estória da Família Alfabeto.
Fiz os dedoches de cada letra, uma fada madrinha e começamos a conhecer a família. as crianças ajudam a contar a estória.
Abaixo a narrativa toda:


A HISTÓRIA DO ALFABETO

Num lugar não tão distante existia uma família muito grande e unida: a família Alfabeto.
Como toda família, eles brigavam e também faziam as pazes.
A mãe era dona K, o pai era o seu W, e também tinha uma tia que morava junto, a dona Y.
A mamãe e o papai tinham 23 filhos. É, isso ai, 23 filhos!!!
Eram 5 meninas e 18 meninos.
As meninas eram chamadas de A, E, I, O e U.
Os meninos eram chamados de B, C, D, F, G, H, J, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, X, e Z.
Puxa, quanto filhos não é? Mas a mamãe e o papai não erravam os nome , nem esqueciam de ninguém.
Um belo dia, o meninos estavam muito agitados e brincando entre si, quando as meninas chegaram para brincar junto com eles. Mas os meninos não queriam que as meninas brincassem. O J disse:
- Sai daqui, não queremos brincar com vocês!
O M rebateu:
- É isso ai, saiam daqui, essa brincadeira é pra meninos!
- Mas nós queremos brincar!!! - disse a irmã A
- Não!!!!! Saiam daqui! - disse o H
As meninas muito tristes ainda tentaram argumentar, mas os meninos foram muito ruins com elas.
Elas muito tristes foram chorar em outro canto de sua casa, quando uma fada madrinha apareceu e perguntou o que estava acontecendo. Elas explicaram que seus irmãos foram muito rudes com elas.
- O H foi o que mais xingou a gente! - disse a irmã I
- É, o G e o Q também até puxaram meu cabelo. -disse a irmã U
- Mas que coisa feia esses meninos. Maltratando suas irmãs. Já sei o que vamos fazer.
- O que, o que? - perguntou a irmã O
- Vamos tirar a voz dos meninos para que não possam mais xingar vocês. Eles ficarão mudos. -disse a fada madrinha
- Mas que triste. Não quero meus irmãos mudos. -disse a irmã E
- Calma minha linda. Não vai ser pra sempre. Só por 1 dia.
- A bom, então ta. - irmã E disse
E assim foi feito, a fada madrinha lançou o encanto e os irmãos ficaram mudos, sem voz, não tinham som. Queriam falar, mas não conseguiam (imitar o som do B sem a vogal e assim por diante com as outras consoantes)
As meninas não riam deles, mas disseram que era uma lição, pra eles nunca mais voltassem a xingar ou bater nos outros.
No outro dia, os irmãos já tinham suas vozes outra vez, menos o irmão H. ele não tinha mais voz, ficou mudo pra sempre. A fada madrinha explicou que como ele tinha sido muito malvado, ele não ia mais falar.
As meninas ficaram tristes, mas a fada madrinha não quis reverter o feitiço com o irmão H.
Quando todos já estavam indo embora, perceberam que os irmãos G e Q também estavam chorando. Eles também tinham ficado mudo. A irmã U muito triste foi dar um abraço nele, quando de repente a voz deles voltou. Assim que a irmã U saiu de perto a voz sumiu. A fada madrinha apareceu e explicou que como eles tinham feito muita maldade com a irmã U, eles só conseguiriam falar perto da irmã U (GU e QU).
Quando a menina A abraçou o irmão M, que começou a dizer MAAAAA!!! Descobriram que quando as meninas abraçavam os meninos, eles voltavam a falar.
Assim, depois de todos os problemas os irmãos prometeram nunca mais fazer maldade com ninguém.
Brincavam de roda formando muitos outros sons, palavras, músicas e histórias.
Papai e mamãe ficaram muito felizes com essa decisão.
A partir daquele dia a família Alfabeto nunca mais brigou e viveram felizes para sempre.


Até a próxima postagem. Saudações lúdicas!!